E era como ler letras de um livro sem paginas, olhar para o
mundo e enxergar o vazio, estar de olhos abertos, mas parecer estar de olhos
fechados. Hey lua, por favor, me ajude a esquecer. Aonde foi parar o chão em
baixo dos meus pés? Estou flutuando? “ Não
você está caindo ” disse a voz do fundo do meu peito.
Por diamantes que não brilham, apenas quebram igual a vidro
que nem eu. Mentiras que são verdades e verdades que são mentiras. Hey lua me
ajude a esquecer. Traga-me de volta para a plataforma que me mantém a salvo.
Brincar com seus cabelos, lembranças que fazem os diamantes quebrarem.
Tão longe do tão distante do seu sorriso, tão perto do tão
distante da dor. Sangra que nem o ferimento de uma bala perdida, mas é apenas o
sofrimento de não ter mais lágrimas para chorar. Hey lua me ajude a esquecer.
Seu olhar atirou em meu peito como uma bala de prata e
atravessou como um avião entre as nuvens, lindas nuvens. Apenas ajude a
esquecer.